O Teatro Renaissance já foi palco de inúmeras montagens marcantes ao longo de seus 25 anos de história, e uma delas merece um destaque especial no nosso #TBT de hoje: “O Manifesto”.
Dirigida e traduzida por Flávio Marinho, a peça do dramaturgo inglês Brian Clark trazia uma narrativa intensa e politicamente provocativa, refletindo temas contemporâneos e em constante transformação. Com um elenco de formado pelos renomados Eva Wilma e Othon Bastos, a montagem despertou debates sobre guerra, moralidade e as mudanças de pensamento ao longo das décadas.
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Uma peça que evolui com o tempo
“O Manifesto” já havia sido encenado nos anos 80, sob a direção de José Possi Neto, com um elenco igualmente estelar: Beatriz Segall e Cláudio Corrêa e Castro. A versão original tinha um foco maior na ameaça das armas nucleares, refletindo as preocupações geopolíticas da época.
Com o passar dos anos, o autor Brian Clark sentiu a necessidade de atualizar sua obra para refletir novos conflitos e tensões globais. Assim, o texto passou por uma revisão, incorporando novas referências e situações, como o crescente impacto da guerra no Oriente Médio.
Quando a peça chegou ao Teatro Renaissance, Flávio Marinho foi ainda mais longe na atualização da narrativa, adicionando elementos que estavam em evidência no noticiário mundial, como o enforcamento de Saddam Hussein. Essa dinâmica tornou a peça praticamente um teatro jornalístico, onde o texto poderia ser alterado durante a temporada para refletir eventos da atualidade – um conceito inovador e desafiador para os atores.
A trama: um duelo entre tradição e modernidade
Em “O Manifesto”, somos apresentados a um casal britânico de alta classe:
- Edward, um general-de-brigada rígido, disciplinado e defensor de valores tradicionais.
- Margareth, uma lady progressista, que assina um manifesto contra a guerra no Iraque.
A trama se desenrola como um verdadeiro embate ideológico, no qual o casal precisa lidar com suas diferenças e ajustar as contas de cinco décadas de convivência. O choque entre seus valores opostos levanta questionamentos profundos sobre o impacto das guerras, a evolução do pensamento político e a maneira como lidamos com mudanças sociais ao longo do tempo.
Figurinos assinados por Walter Rodrigues
Além do roteiro impactante e do elenco brilhante, a montagem contou com um elemento visual sofisticado: os figurinos assinados pelo estilista Walter Rodrigues. Conhecido por seu trabalho refinado e elegante, Rodrigues trouxe para os trajes dos personagens um reflexo da dualidade entre tradição e modernidade presente na trama.
Um espetáculo atemporal no palco do Teatro Renaissance
A exibição de “O Manifesto” no Teatro Renaissance foi muito mais do que uma peça de teatro: foi um convite à reflexão, um espelho da realidade e uma prova de que a arte tem o poder de evoluir junto com o mundo. O público que passou por nossas poltronas teve a oportunidade de testemunhar um espetáculo que se transformava a cada apresentação, mantendo-se sempre relevante.
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O Teatro Renaissance
Inaugurado em 1999, o Teatro Renaissance é um espaço cultural que abrange uma ampla gama de expressões cênicas. Sendo assim, ao longo dos anos, apresentamos teatro de prosa, música popular, música erudita e dança, oferecendo espetáculos com diversas temáticas e abordagens sobre as relações humanas.
Estamos localizados na Alameda Santos, 2.233, no bairro dos Jardins, em São Paulo e possuímos mais de 20 anos de história, proporcionando uma programação semanal com variadas apresentações em nosso palco.
Com uma capacidade para 440 pessoas, contando com 420 poltronas numeradas e oito espaços para cadeirantes (equivalente a 16 poltronas), nosso teatro acolhe um público diversificado e fiel.
Às sextas-feiras são marcadas por apresentações de stand-up comedy, atraindo fãs de humor para shows às 23h59. Nos fins de semana, é a vez de grandes atores e atrizes protagonizarem peças de dramaturgos de todo o mundo, proporcionando momentos marcantes em nosso palco. Fique por dentro dos nossos espetáculos seguindo o nosso perfil no Instagram e a nossa página no Facebook.
