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Teatro Renaissance 25 anos: “O homem inesperado”

Em um domingo qualquer, há alguns anos, um espetáculo memorável entrava em cartaz no palco do Teatro Renaissance. Sem alarde, sem efeitos especiais. Apenas dois grandes nomes da dramaturgia brasileira, um cenário simples, e uma história poderosa: “O Homem Inesperado”, da aclamada autora francesa Yasmina Reza. 

Hoje, fazemos uma pausa para revisitar esse momento especial da nossa história – e, por que não, da vida de quem esteve na plateia naquela temporada. 

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Uma peça, dois assentos, e um universo inteiro de emoções 

“O Homem Inesperado” começa como quem não quer nada. Um vagão de trem. Dois desconhecidos. O escritor frustrado e desiludido (vivido por Paulo Goulart) e a senhora introspectiva, elegante, e profundamente admiradora de sua obra (interpretada por Nicette Bruno). Sentados um de frente para o outro, cada um mergulhado em seus pensamentos, eles compartilham o mesmo espaço físico, mas não, ainda, a mesma conversa. 

Mas o que poderia ser uma simples viagem de trem se transforma, aos poucos, em um mergulho íntimo sobre identidade, solidão, admiração, e o poder da palavra — dita ou não. A autora, conhecida por obras afiadas e humanamente profundas, costura as falas dos personagens em monólogos que se entrelaçam. E nós, espectadores, somos os únicos a ouvir tudo. 

Entre risos inesperados e interpretações intensas 

Quem assistiu à peça sem saber o que esperar (como foi o caso de muitos naquela época), se viu envolvido por um texto elegante e instigante. Embora não houvesse interação direta entre os personagens na maior parte do espetáculo, a conexão entre eles — e entre eles e o público — era inevitável. 

Claro, nem tudo foi unânime. Alguns espectadores estranharam a intensidade das interpretações: falas projetadas, gestos amplos, uma teatralidade que beirava o exagero. Mas talvez fosse justamente esse tom — tão diferente da naturalidade do cinema ou da televisão — que tornava o espetáculo tão… teatral. 

Afinal, teatro é presença. É expressão. É exagero, sim. Mas também é verdade. É emoção condensada nos 70 minutos que, para muitos, passaram como uma viagem rápida, porém cheia de significado. 

Uma lembrança que vale revisitar 

Relembrar “O Homem Inesperado” é também lembrar da grandiosidade de Nicette Bruno e Paulo Goulart. Um casal na vida real, dividindo o palco com a delicadeza e a entrega de quem ama o que faz. É lembrar que o Teatro Renaissance sempre foi palco de encontros que não precisam de grandes cenários para causar impacto. Bastam bons atores, um bom texto, e uma plateia aberta ao inesperado. 

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O Teatro Renaissance   

Inaugurado em 1999, o Teatro Renaissance é um espaço cultural que abrange uma ampla gama de expressões cênicas. Sendo assim, ao longo dos anos, apresentamos teatro de prosa, música popular, música erudita e dança, oferecendo espetáculos com diversas temáticas e abordagens sobre as relações humanas.     

Estamos localizados na Alameda Santos, 2.233, no bairro dos Jardins, em São Paulo e possuímos mais de 20 anos de história, proporcionando uma programação semanal com variadas apresentações em nosso palco.     

Com uma capacidade para 440 pessoas, contando com 420 poltronas numeradas e oito espaços para cadeirantes (equivalente a 16 poltronas), nosso teatro acolhe um público diversificado e fiel.    

Às sextas-feiras são marcadas por apresentações de stand-up comedy, atraindo fãs de humor para shows às 23h59. Nos fins de semana, é a vez de grandes atores e atrizes protagonizarem peças de dramaturgos de todo o mundo, proporcionando momentos marcantes em nosso palco. Fique por dentro dos nossos espetáculos seguindo o nosso perfil no Instagram e a nossa página no Facebook. 

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