INTIMIDADE INDECENTE, reunindo Eliane Giardini e Marcos Caruso sob direção de Guilherme Leme Garcia, num dos maiores sucessos da dramaturga paulistana Leilah Assumpção.
A química desta dupla de atores é testada e aprovada pelo público: em 2012, eles deram vida ao impagável casal Leleco e Muricy, da novela Avenida Brasil. “Há tempos temos vontade de dividir o palco. Após fazermos um casal na novela, essa vontade só aumentou. Impossível não aceitar o convite.”, vibra Marcos Caruso.
INTIMIDADE INDECENTE, na contramão das comédias românticas mais tradicionais, começa no episódio da separação de um casal por volta dos 60 anos de idade.
“A peça fala sobre quatro momentos muito emblemáticos da vida desse casal. Nosso primeiro movimento é apresentar esse casal na faixa dos 60 anos terminando um grande casamento, uma grande relação. E aí eles se reencontram durante as próximas décadas. É um casamento que não termina, uma separação que não dá certo. É sobre esse casal que tem uma afinidade tão grande que continua junto pro resto da vida, independente do estado civil ou da condição geográfica.”, conta Eliane Giardini.
SINOPSE
Mariano (Marcos Caruso) e Roberta (Eliane Giardini) formam um casal sessentão desgastado pela mesmice da rotina. O desejo esfriou, o sexo falta e a implicância mútua sobra. Ávidos por novas experiências, entendem que não há mais porque ficar juntos.
Acontece que, como num efeito bumerangue, a vida insiste em devolver um ao outro. E é nessas idas e vindas que, aos poucos, os dois descobrem-se os maiores cúmplices. O sentimento, ainda vivo e sólido, faz com que se entendam mais do que com qualquer outra pessoa de fora. Assim, conforme os anos vão passando, resistem cada vez menos à presença do outro em sua vida novamente.
A MONTAGEM
Na cena, apenas um grande sofá ocupa o palco. Não há trocas de roupa ou cenário. Dispensando artifícios, os dois atores constroem o envelhecimento de seus personagens se valendo basicamente do seu trabalho de interpretação.
“O envelhecimento dos 60 aos 90 anos sem utilizarmos maquiagem, troca de figurino e sem saírmos de cena, essa passagem do tempo à vista do público, com mudança física e vocal, é o que mais fascina o espectador.”, conta Marcos Caruso.
FICHA TÉCNICA
Texto: Leilah Assumpção
Direção: Guilherme Leme Garcia
Elenco: Eliane Giardini e Marcos Caruso
Cenografia: Aurora dos Campos
Luz: Tomás Ribas
Direção Musical: Aline Meyer
Fotografia e Vídeos: Eduardo Chamon
Mídias Sociais: Imersa
Produção: Plano 6 e Bem Legal Produções
Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany
LEILAH ASSUMPÇÃO – autora
Dramaturga há mais de 40 anos, Leilah Assunção é conhecida por voltar sua atenção em especial aos temas dedicados à mulher e à sua situação na sociedade. Fala Baixo Senão Eu Grito, sua peça de estreia, em 1969, permitiu a Marília Pêra brilhar no papel principal, valendo-lhe alguns dos prêmios mais importantes do Brasil – Molière e APCT (Associação Paulista de Críticos Teatrais), além de montagens em diferentes países – França, Bélgica, Portugal, Cuba e toda a América Latina.
Desde então, a autora escreveu quase uma peça por ano, sem contar os textos escritos para a televisão. Atualmente, confessa que, apesar de toda esta trajetória de sucessos, foi com Intimidade Indecente que se sentiu amada pelo público pela primeira vez.
ELIANE GIARDINI – atriz
Iniciou sua carreira aos dezessete anos, em um grupo de teatro onde conheceu o também ator e futuro marido Paulo Betti. Os dois participaram de um festival de teatro amador com O Pagador de Promessas e foram premiados com uma bolsa de estudos na EAD – Escola de Arte Dramática da USP, e se mudaram para São Paulo. Tiveram aulas com o diretor Celso Nunes e entraram para um grupo de teatro. Até que Celso contratou o grupo para ajudar a montar uma escola de teatro para os alunos da Unicamp, em Campinas. Essa passagem desencadeou a estreia de Eliane na televisão – a atriz participou do programa Grupo, na TV Tupi, em 1981, com supervisão de Antonio Abujamra, que por sua vez a convidou para atuar em Ninho da Serpente, de Jorge Andrade, na TV Bandeirantes, em 1982.
Eliane se mudou para o Rio de Janeiro em 1985 e foi para a (hoje extinta) TV Manchete, onde conheceu os diretores Denise Saraceni e Luiz Fernando Carvalho na novela Helena (1986), de Mário Prata. Com a volta de Denise para a TV Globo, a diretora convidou Eliane integrar o elenco da minissérie Desejo (1990). No mesmo ano, a atriz fez sua primeira novela na emissora, Felicidade, de Manoel Carlos. Em 1993, alcançou grande sucesso na novela Renascer, vivendo a personagem Dona Patroa, ao lado de Herson Capri.
Na sequência, vieram muitos trabalhos na teledramaturgia, nas novelas Explode Coração; A Indomada; Andando nas Nuvens; a Nazira de O Clone, que lhe rendeu o prêmio de Melhor Atriz pela APCA – Associação Paulista dos Críticos de Arte; América; Cobras & Lagartos; Eterna Magia; Caminho das Índias; Tempos Modernos; a personagem cômica Muricy, par romântico de Marcos Caruso em Avenida Brasil; Amor à Vida; Êta Mundo Bom!; O Outro Lado do Paraíso; Órfãos da Terra. Atuou ainda nas séries Capitu; Dois Irmãos; Os Maias; A Casa das Sete Mulheres; Lara com Z. Ganhou por duas vezes o Prêmio Melhores do Ano, pelas novelas O Clone e Avenida Brasil. Ganhou ainda, diversas vezes, os prêmios Extra, Quem, Contigo, Qualidade Brasil por seu trabalho na teledramaturgia.
No teatro, atuou nos anos 1970 nas peças Victor ou As Crianças no Poder; Os Iks; O Processo; Cerimônia por um Negro Assassinado; A Vida É Sonho; Na Carreira do Divino. Nos anos 1980 em A Aurora da Minha Vida; Com a Pulga Atrás da Orelha; O Amigo da Onça; Perversidade Sexual em Chicago. Nos anos 90 em A Fera na Selva; Querida Mamãe; A Dama do Cerrado; Por um Novo Incêndio Romântico. E a partir dos anos 2.000 em A Memória da Água; Tarsila; O Mundo dos Esquecidos; Édipo Rei; A Peça do Casamento; e atualmente Intimidade Indecente.
No cinema, recebeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Gramado pelo filme O Amor Está no Ar; Troféu Redentor de Melhor Atriz Coadjuvante no Festival Internacional de Cinema do Rio e no Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro por Deslembro. Em 2010, dirigiu seu primeiro curta-metragem, Filtro de Papel.
MARCOS CARUSO – ator
Marcos Caruso atuou em mais de 35 peças teatrais de sucessos longevos no Brasil assim como em Portugal, uma dezena de vezes. Em 2017, recebeu 7 prêmios de Melhor Ator, entre eles Shell, APTR e Cesgranrio por O Escândalo Philippe Dussaert.
É autor de 10 textos, entre eles o fenômeno Trair e Coçar é só Começar, que completou 34 anos em cartaz em 2019, sendo interrompido apenas pela pandemia. A peça integrou várias edições do Guinness Book como recordista da temporada mais longa, e já foi adaptada para o cinema com direção de Moacyr Goes, e para a TV em série de duas temporadas com roteiro do próprio Caruso, exibida pelo canal Multishow e que em setembro irá estrear em Lisboa.
Por Sua Excelência o Candidato ganhou o Prêmio Molière de Melhor Autor, e em 1993 os Prêmios Shell e Mambembe por Porca Miséria.
Dirigiu as peças S.O.S. Brasil e Brasil S.A., ambas de autoria do empresário Antônio Ermírio de Moraes (1928-2014). Dirigiu ainda Família Lyons, de Nicky Silver, indicada aos Prêmios Shell e Cesgranrio, com Rogerio Fróes e Suzana Faini à frente do elenco; e Selfie, peça de enorme sucesso com Mateus Solano e Miguel Thiré que, depois de longas temporadas no Rio e em São Paulo, também excursionou por Portugal.
Na TV, atuou em mais de 30 produções, entre elas as novelas Avenida Brasil, Éramos Seis, A Regra do Jogo, Mulheres Apaixonadas, Páginas da Vida, Cordel Encantado, Jóia Rara, a nova versão da Escolinha do Professor Raimundo (como Seu Peru, personagem de Orlando Drummond na versão original); as séries Chapa Quente, O Canto da Sereia, entre outras tantas, na TV Globo. Escreveu as novelas Braço de Ferro e Ana Raio e Zé Trovão (a primeira e única novela itinerante da teledramaturgia brasileira, exibida na extinta TV Manchete), e dirigiu o programa Fala Dercy, no SBT, com Dercy Gonçalves.
No cinema, atuou em mais de 10 filmes, entre eles Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Andre Klotzel; Polaroides Urbanas, de Miguel Falabella; Irma Vap – o retorno, de Carla Camurati; e recentemente em Obra Prima, de Daniel Filho; Operações Especiais, de Tomás Portella; e O Escaravelho do Diabo, de Carlo Milani. Escreveu quatro roteiros, entre eles O Casamento de Romeu e Julieta, dirigido por Bruno Barreto.
GUILHERME LEME – diretor
Guilherme Leme estudou teatro na PUC-SP. Fez cursos de dança com Ivaldo Bertazzo, Maria Duchenes e Sônia Mota. Em Nova Iorque, fez cursos de música, dança, mímica e teatro. No início de sua carreira, ajudou a fundar a Companhia de Teatro São Paulo Brasil e participou de festivais em todo o país. Nos palcos, além de atuar, Guilherme produziu diversos espetáculos, como Decadência, Eduardo II, Felizes da Vida, entre outros. São mais de 30 anos de carreira, e diversas novelas e minisséries, entre elas Bambolê, Bebê a Bordo, Que Rei Sou Eu?, Vamp, Perigosas Peruas e De Corpo e Alma. Integrou ainda o elenco da série infantil Caça Talentos e da série teen Malhação, esta última no ano 2000. Em 2011, participou da novela Insensato Coração. Após 5 anos afastado das telinhas, Guilherme retornou às novelas em A Terra Prometida, da Rede Record. No cinema, atuou nos filmes Benjamim, Erotique e Anjos da Noite. Por este último, ganhou o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante no Festival de Gramado.
No teatro, interpretou o personagem Meursault no monólogo O Estrangeiro, baseado na obra de Albert Camus. Fez parte também do elenco de Rock in Rio – O Musical.
Atualmente, tem se destacado dirigindo peças teatrais, entre elas Quarttet; Rock Antygona; Laranja Azul; O Matador de Santas; Shirley Valentine; Filha, Mãe, Avó e P…; Billdog; O Nó do Coração; Trágica.3; Fatal; Genderless – Um Corpo Fora da Lei; O Olho de Vidro; Um Pai – Puzzle; Romeu & Julieta, O Musical; A Peste; Merlin e Arthur, Um Sonho de Liberdade; e agora Intimidade Indecente.
PLANO 6 e BEM LEGAL PRODUÇÕES – produção
A produção original do espetáculo é da portuguesa Plano 6, responsável por levar os maiores artistas brasileiros a Portugal. Dentre seus parceiros, destacam-se Antônio Fagundes, Cláudia Raia, Mateus Solano, Cissa Guimarães, Mônica Martelli, Heloísa Perissé e, claro, Marcos Caruso. A Plano 6 convida agora a Bem Legal Produções, de Carlos Grun, parceira em diversos projetos e responsável por sucessos como Selfie, com Mateus Solano; O Escândalo Philippe Dussaert, com Marcos Caruso; Mãe Fora da Caixa, com Miá Mello; entre outras produções em 20 anos de carreira.
Classificação – 14 anos