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Em cartaz de janeiro a março

VISITANDO O SR. GREEN

Com direção de Guilherme Piva, o espetáculo estreia 18 de janeiro, no Teatro Renaissance, em São Paulo

Certas histórias são universais. O encontro entre um jovem e um senhor de 86 anos vem conquistando plateias do mundo inteiro pela força do texto, que fala de amizade, respeito às diferenças, velhice, solidão. Fala sobre o ser humano e suas múltiplas camadas com muito bom humor. Assim é a comédia ‘Visitando o Sr. Green’, texto do norte-americano Jeff Baron, que teve estreia mundial em 1996 e, desde então, vem sendo encenada em diversos países, sempre com grande sucesso. No Brasil, Paulo Autran esteve à frente de uma montagem histórica, com direção de Elias Andreato. 25 anos após essa estreia no Brasil, Elias Andreato se reencontra com o texto, agora assumindo o papel título. Ele estará ao lado de Johnny Massaro, a partir de 18 de janeiro, no Teatro Renaissance, com direção de Guilherme Piva

O texto ganha nova tradução de Gustavo Pinheiro, em uma co-produção de Edgard Jordão e Rodrigo Piva. A ficha técnica é repleta de grandes nomes do teatro: cenário – Chris Aizner, figurinos – Karen Brusttolin e trilha original – Liliane Secco, entre outros.  

O TEXTO 

Um pequeno acidente de trânsito, que quase resultou num atropelamento, acaba provocando a aproximação entre o Sr Green, um velho e solitário judeu ortodoxo, e Ross, um jovem executivo de 29 anos que, graças ao juiz Kruger, foi acusado de negligência na direção e considerado culpado pela ocorrência. A pena consiste em fazer com que Ross deva prestar serviço comunitário junto à vítima uma vez por semana, pelos próximos seis meses. A ação da peça se passa no velho apartamento do Sr. Green. Tudo parece ter sido adquirido há muito tempo e se mantido intocável desde então.   

A circunstância legal que os uniu involuntariamente, envolve os dois em situações inusitadas, com traços de fino humor e de profunda emoção. Revelando pouco a pouco a personalidade de cada um, suas realizações e suas frustrações acabam por constituir a trama central da peça através da riqueza da narrativa e dos instigantes diálogos de Jeff Baron. Retratam também, magistralmente, os aspectos mais pitorescos da cultura judaica, bem como os encontros e desencontros de dois seres humanos nas grandes cidades.  

O que se inicia como uma comédia sobre duas pessoas estranhas que se ressentem de ter que compartilhar o mesmo ambiente, ainda por pouco tempo, transforma-se em um drama envolvente e emocionante à medida que segredos vão sendo revelados e antigas feridas começam a ser abertas. 

Elias Andreato – Sr. Green 

Elias Andreato é um ator, produtor, diretor e autor brasileiro. Estreou profissionalmente na peça  Pequenos Burgueses em 1977. É vencedor da premiação de methor ator no Prêmio Shell, na Associação Paulista de Críticos de Arte e na Associação dos Produtores de Espetáculos Teatrais 

do Estado de São Paulo, todos em 1990, e o Prêmio IBEU de methor direção em 1996. No cinema, participou de mais de 10 produções, como nos filmes Sábado (1997), e Boleiros – Era uma Vez o Futebol…(1998). Nos anos seguintes, dividiu seu tempo entre o teatro, o cinema e a televisão atuando em novelas como Suave Veneno (1999) e Beleza Pu r a (2008), e minisséries como A Muralha (2000) e Minha Nada Mole Vida (2006), entre muitos outros trabalhos. Além disso, foi roteirista do enorme sucesso de comédia, o programa Sai de Baixo. 

Johnny Massaro – Ross  

Johnny Massaro é ator, diretor e produtor carioca. Graduado em Cinema, inicia a carreira artística aos 12 anos de idade e, ao longo de 20 anos, soma participações em peças, novelas, séries e filmes. No cinema, esteve em mais de 20 produções, tendo trabalhado com importantes nomes. No teatro também participou de mais de 20 montagens, sendo dirigido por Monique Gardenberg, Emílio de Mello, Georgette Fadel, João Fonseca, Bibi Ferreira, entre outros. Na televisão, coleciona diversos trabalhos em novelas, séries e minisséries da Globo, como as novelas “Terra e Paixão” (2023),”Deus Salve o Rei” (2018), “A Regra do Jogo” (2015), “Malhação” (2009/10) e as séries “Verdades Secretas” (2021), “Filhos da Pátria” (2017)… Johnny poderá ser visto como protagonista de “Delegado”, série de Marcelo Lordello e Leonardo Lacca, produzida por Emilie Lesclaux e Kleber Mendonça Filho; e em “Máscaras de Oxigênio não cairão automaticamente”, série da HBO produzida por Mariza Leão e dirigida por Marcelo Gomes. 

Jordão Produções 

A Jordão produções é uma produtora com duas décadas de história. Tudo que fazemos tem o propósito de transformar, divertir, entreter, tocar e se comunicar. Acreditamos que ética, diversidade e construção de redes nos fazem absorver desafios e realizar projetos de teatro. Trabalhamos com os grandes atores do Brasil, mantendo uma qualidade impecável em todos os seus espetáculos. 

Sobre Jeff Baron 

Premiado autor americano, consegue transferir para o palco com seu texto VISITANDO O SR. GREEN o relacionamento humano, a estupidez dos preconceitos e a importância da compreensão entre as pessoas. A habilidade e o sensível tratamento fazem com que dois homens de temperamentos opostos, transformem-se numa amostra do que a incompreensão e o preconceito podem provocar num relacionamento familiar. Uma comédia hilariante e um drama denso numa história só. Duas visões de mundo exploradas em um texto hábil e sensível. O texto estreou em Miami, no Teatro Coconut Grove, com tal sucesso que a produção foi levada para a Broadway, onde o ator Eli Wallach foi premiado 

por sua interpretação. Desde então a peça de Jeff Baron foi montada em mais de 20 países, em 15 línguas e 200 produções diferentes. O espetáculo foi premiado em muitos países, sendo considerada a melhor montagem do ano em Israel, Grécia e Alemanha e indicada para o Prêmio Molière da França de melhor peça nova. Em 1999, Jeff Baron foi convidado para fazer uma leitura de VISITANDO O SR. GREEN na ONU, em Nova York. 

Sobre Guilherme Piva 

é ator e diretor. Formado pela Faculdade da Cidade, tem entre seus principais trabalhos em teatro ,Os Impostores, Rio 2065, A Invenção do Amor, Não Vamos Pagar, Todas As Coisas Essa Viagem, De Verdade, A Farsa da Boa Preguiça, A Falecida, Aurora da Minha Vida, O Crime do Dr. Alvarenga, A Luz da Lua, O Submarino,Arlequim - Servidor de Dois Patrões e Carícias, com os diretores Rodrigo Portela, Ivan Sugahara,Marcelo Valle, Inez Viana, Cristina Moura, Marcio Abreu, João das Neves, João Fonseca, Naum Alves de Souza, Mauro Rasi, Ítalo Rossi, Mauro Mendonça Filho, Luiz Athur Nunes e Christiane Jatahy, respectivamente. Na televisão pode ser visto em Xica da Silva, Mandacaru, Porto dos Milagres, Chocolate com Pimenta, O Beijo do Vampiro, Pé na Jaca, Três Irmãs, Insensato Coração… Atualmente está em cartaz com A Lista e Norma, ambos como diretor. 

Sobre Gustavo Pinheiro 

Roteirista, dramaturgo e jornalista, Gustavo Pinheiro é formado em Comunicação pela PUC-Rio. Colunista do Segundo Caderno do jornal O Globo, trabalhou nas redações da revista VEJA e do jornal Extra. É o tradutor da montagem de “Três Mulheres Altas”, atualmente em turnê pelo Brasil. No teatro, tem oito peças encenadas por Antonio Fagundes, Christiane Torloni, Lilia Cabral, Ana Beatriz Nogueira, Thiago Fragoso, Otavio Augusto, Alinne Moraes, entre outros. 

SERVIÇO 

Estreia:  18 de janeiro 

Local: Teatro Renaissance – Alameda Santos, 2233 – Jardim Paulista 

Horários: 

Sábados: 21h 

Domingo: 19h30 

Classificação indicativa: 10 anos 

Duração: 90 min 

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Em cartaz de janeiro a março

MATEUS SOLANO EM “FIGURANTE”

A comédia dramática O Figurante, traz o ator Mateus Solano em seu primeiro monólogo, no papel de um figurante que passa a questionar sua própria existência e seu lugar em um mundo que parece mantê-lo em segundo plano. Com direção de Miguel Thiré que contou com a colaboração na dramaturgia de Mateus Solano e Isabel Teixeira, a peça estreia no dia 10 de janeiro, às 21h, no Teatro Renaissance, em São Paulo. A temporada terá apresentações de sextas às 21h, sábados às 19h e domingos às 17h. A estreia paulistana acontece após uma temporada carioca  de muito sucesso entre os meses de julho a outubro, seguida de passagens por cidades de Minas Gerais, Porto Alegre, Brasília e Ribeirão Preto.  

A trama mergulha na rotina de Augusto, um figurante que luta para encontrar a si próprio em meio a uma rotina pobre de sentido, que o mantém num lugar muito aquém da sua potência como ser humano.  O Figurante reflete sobre a dificuldade de se conectar com a própria essência e sobre os desafios de assumir o controle da própria narrativa. “Somos um animal que cria histórias para viver e um mundo para acreditar. Na ânsia em fazer parte desse mundo, acabamos por nos afastar de nós mesmos a ponto de não saber se somos protagonistas ou figurantes de nossa própria história”, reflete Mateus Solano. 

A dramaturgia foi construída a partir do método Escrita na Cena, desenvolvido por Isabel Teixeira, que estimulou o ator a explorar sua própria criatividade por meio de improvisos. As cenas criadas por Mateus foram gravadas, transcritas e reelaboradas por Isabel para compor o texto final, preservando a autenticidade das reflexões do personagem. 

“Atores e atrizes escrevem no ar da cena, onde vírgula é respiração e texto é palavra dita e depois encarnada no papel. Essa é a tinta de base usada para escrever ‘O Figurante’. Partimos de improvisos de Mateus Solano e posteriormente mergulhamos no árduo e delicioso trabalho de composição e estruturação dramatúrgica. ‘O Figurante’ coloca no centro o que normalmente é deixado de lado, ampliando o olhar para o que muitas vezes passa despercebido”, explica Isabel Teixeira. 

A peça dá continuidade à pesquisa de linguagem desenvolvida há anos por Miguel Thiré e Mateus Solano: uma encenação essencial, que se vale basicamente do corpo e da voz como balizas do jogo cênico. No palco nu, Mateus dá vida ao Figurante e demais personagens através do trabalho mímico.  

“Sempre acreditei em um teatro que debate direto com a sociedade, que toca o público. O que queremos dizer? Como vamos dizer? Neste quinto trabalho juntos, ao invés de dividirmos o palco, passo eu para esse lugar de ‘espectador profissional’ que é a direção. Acompanho o trabalho desse brilhante ator (Mateus Solano) que dá vida a um outro ator (o personagem) que, por sua vez, não consegue brilhar. “O Figurante busca colocar o foco onde normalmente não há. O trabalho é fazer este personagem quase desaparecer, estar fora de foco, ser parte do cenário”, explica Miguel Thiré, diretor. 

Ficha Técnica:  

Dramaturgia: Isabel Teixeira, Mateus Solano e Miguel Thiré. Atuação: Mateus Solano. Direção: Miguel Thiré. Direção de Produção: Carlos Grun. Direção de Movimento: Toni Rodrigues Desenho de Luz: Daniela Sanches. Direção Musical e Trilha Original: João Thiré. Design Gráfico: Rita Ariani. Desenho de Som: João Thiré. Fotos: Guto Costa. Equipe de Produção: Flavia Espírito Santo, Glauce Guima, Kakau Berredo e Cleidinaldo Alves. Idealização e Realização: Mateus Solano, Miguel Thiré e Carlos Grun. Produção: Bem Legal Produções. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli. 

Miguel Thiré – Diretor e Coautor 

Miguel Thiré, nascido em 1982 no Rio de Janeiro, é filho do ator Cecil Thiré e da atriz Tônia Carrero. Desde os 10 anos, iniciou sua formação no teatro n’O Tablado e, desde então, vem se destacando nas artes cênicas, com passagens por teatro, cinema e TV. 

No teatro, trabalhou em peças como Tango, Bolero e Chá-chá-chá e A Babá, ambas sob direção de Bibi Ferreira, e em Otelo, dirigida e estrelada por Diogo Vilela. Também atuou em Série 21, dirigida por Jefferson Miranda, e em Macbeth, sob a direção de Aderbal Freire-Filho. Outros trabalhos notáveis incluem Os Altruístas e O Homem Travesseiro, pelo qual ganhou o prêmio de melhor ator coadjuvante no FITA 2013. 

Na TV, esteve presente em novelas como Porto dos Milagres, Malhação, Em Família, Paixões Proibidas e Poder Paralelo, além da série Copa Hotel. Como diretor, sua carreira inclui peças como Doutor, minha filha não para de dançar ao lado de Mateus Solano, e a criação de Superiores, premiada no festival de Campos dos Goytacazes. 

Isabel Teixeira– Coautora 

Isabel Teixeira é diretora, dramaturga e atriz, formada pela EAD. Fundadora da Cia. Livre de Teatro, se destacou em peças como Toda Nudez Será Castigada e Um Bonde Chamado Desejo, sendo indicada ao prêmio Shell de melhor atriz em 2002. Em 2005, coordenou o projeto Arena Conta Arena 50 Anos, premiado com o Shell e o APCA. 

Ela também atuou em peças como Gaivota, Rainha[(S)] (prêmio Shell de melhor atriz em 2009), e O Livro de Itens do Paciente Estevão. Em 2013, dirigiu o monólogo Desarticulações, com Regina Braga, e o show Tudo Esclarecido, com Zélia Duncan. 

Como diretora, seus projetos incluem Puzzle (a, b, c e d), Fim de Jogo, com Renato Borghi, e Lovlovlov, peça com texto de Teixeira, Diego Marchioro e Fernando de Proença. Entre 2014 e 2020, fez turnê com a peça E Se Elas Fossem para Moscou?, que foi exibida em diversos países. Atualmente, em 2024, Teixeira dirige a Cia Munguzá no projeto Linhas e colabora na dramaturgia de O Figurante

Mateus Solano – Ator e Autor 

Mateus Solano é um dos mais premiados atores da televisão e teatro. Ele recebeu dois Troféus Imprensa, um Prêmio APCA e o Prêmio Bibi Ferreira. Formado em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, iniciou sua carreira no teatro com O Homem que Era Sábado, de Pedro Brício, em 2003. 

Solano se tornou um nome conhecido ao interpretar Ronaldo Bôscoli na minissérie Maysa – Quando Fala o Coração (2009). No mesmo ano, iniciou sua trajetória nas novelas com os gêmeos Jorge e Miguel em Viver a Vida. Outros destaques na TV incluem Morde & Assopra, Gabriela, Amor à Vida (onde interpretou o vilão Félix, marcando a história da teledramaturgia) e Elas Por Elas

Nos palcos, Mateus esteve em peças como Tudo é Permitido, O Perfeito Cozinheiro das Almas desse Mundo e 2 p/ Viagem (com Miguel Thiré), além de atuar em Hamlet e Selfie. No cinema, participou de Linha de Passe (2008), exibido em Cannes, e recebeu prêmios de Melhor Ator em festivais de cinema. Solano também estrelou filmes como Confia em Mim e Benzinho.